A Bayer AG está considerando se deve parar de vender seu herbicida Roundup em lojas de varejo.
O jornal alemão Handelsblatt informou na quinta-feira que a empresa está contemplando a mudança como parte de um acordo com os reclamantes que reivindicam glifosato, o ingrediente ativo no Roundup, causa câncer. A Bayer continuaria a vender o herbicida aos agricultores.
O glifosato é um dos herbicidas mais populares do mundo desde que foi desenvolvido na década de 1970, e tem sido objeto de milhares de ações judiciais contra a Monsanto, que a Bayer adquiriu em 2018.
Vários desses processos foram a julgamento no ano passado e resultaram em julgamentos contra a empresa no valor de dezenas de milhões de dólares. A Bayer contestou as alegações de que o produto químico causa câncer e está apelando de todas as sentenças.
A Agência de Proteção Ambiental finalizou uma decisão provisória esta semana em uma revisão regulatória do glifosato, reafirmando sua posição de que o herbicida não é cancerígeno e não oferece risco à saúde humana.
Os advogados que representam a Bayer contestaram uma das sentenças contra a Monsanto, argumentando que o caso nunca deveria ter ido a julgamento em primeiro lugar, citando as conclusões anteriores da EPA de que o glifosato não é cancerígeno. O argumento deles sustenta que se a Monsanto incluísse um rótulo em seus produtos alertando que o glifosato poderia causar câncer, teria sido uma violação das regras da EPA. Eles argumentaram que, Portanto, A Monsanto não pode ser responsabilizada por segui-los.